Hospital que atendeu Angélica negou leitos para pacientes trazidos pelo SAMU

24/05/2015 20:46 Brasil
Comunicado do SAMU: não há leitos para transferência.. VEJA.com/Reprodução
Comunicado do SAMU: não há leitos para transferência.. VEJA.com/Reprodução

A Santa Casa de Campo Grande, para onde a família de Angélica e Luciano Huck foi levada após o avião em que viajavam ter feito um pouso forçado nas imediações da capital do Mato Grosso do Sul, negou leitos para sete pacientes atendidos nos últimos dias pelo Serviço de Atendimento Movél de Urgência (SAMU). Segundo o coordenador do SAMU de Campo Grande, Eduardo Cury, os pacientes estão recebendo atendimento na Unidade de Pronto Atendimento da prefeitura da cidade, que não possui aparelhos básicos, como respirador artificial. "A Santa Casa disse que não tem condições de receber nossos pacientes, que são encaminhados pelo SUS. Gostaria muito que essas autoridades que viabilizaram o atendimento do Huck e da Angélica tivessem o mesmo interesse pelos outros pacientes", afirma Cury. A família Huck foi atendida pelo Sistema Único de Saúde.

Segundo o médico, a apresentadora chegou a ser direcionada para a unidade de tratamento intensivo (UTI), que contava com respirador, para fazer os exames de praxe. Angélica ainda está em observação na unidade, enquanto Luciano Huck, seus filhos e duas babás já estão liberados.

Cury argumenta que há uma pactuação ampla entre o hospital e o Sistema Único que prevê, inclusive, compra de leitos em casos muito graves. Segundo o coordenador do SAMU, houve uma tentativa de compra de leitos para os sete pacientes que precisam de atendimento hospitalar, mas a Santa Casa também negou. "O hospital é obrigado a atender pacientes graves e, depois, discute-se os custos que vão incorrer. E foi isso que tentamos fazer, sem sucesso", disse.

O piloto Osmar Vaz, da MS Táxi Aéreo, recebeu os primeiros socorros na Unidade de Pronto Atendimento do município, após ter sido retirado da área de pouso da aeronave e transportado em helicóptero fretado pela empresa. Segundo Cury, o piloto sofreu leves escoriações e não requeria atendimento hospitalar na Santa Casa. Vaz, contudo, foi levado ao hospital para atendimento junto com os demais envolvidos no acidente, a pedido do Secretário de Saúde do Estado, Nelson Tavares. O transporte de Vaz do pronto-socorro à Santa Casa foi feito pessoalmente pelo Secretário. "Tínhamos atendimentos muito mais graves que requeriam ambulância e não podíamos disponibilizar uma unidade para transportar o piloto. Por isso negamos o pedido de transporte feito pelo Secretário", afirmou o coordenador do SAMU.

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Fonte: Ana Clara Costa, da Revista VEJA

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